Heaven.


Rachel acordou lentamente. Ela esfregou os olhos e se perguntou por que a cortina estava aberta, deixando toda a claridade entrar. Então, sentindo cheiro de café, ela se lembrou da noite passada. E sorriu, porque havia sido perfeita demais.
- Bom dia, dorminhoca - Guilherme a saudou com uma bandeja nas mãos.
- Está muito tarde?
- Mais ou menos - ele deu de ombros, colocou a bandeja sobre o criado, afastando de leve o que havia ali, e deitou ao lado dela. - Você ronca alto.
- Não é alto, eu só ronco um pouquinho.
- Você que pensa - ele riu de leve. - Você está linda, sabia?
- Para de me olhar com essa cara, Guilherme - Rachel tampou o rosto com as mãos. - Eu acabei de acordar, estou descabelada.
- Está linda - ele afastou a franja dela da testa. - Mesmo com o rosto inchado, o cabelo bagunçado e mal hálito.
- Aí você pegou pesado - ela sentou e recostou sobre a cabeceira da cama.
- Verdade, retiro o que disse.
Rachel pegou algumas uvas na bandeja e comeu. Guilherme apenas a observava.
- Você já comeu? - ela perguntou.
- Mais ou menos. Não sou uma pessoal muito matinal.
- Nem eu, se não seguir toda uma rotina. Eu só como muito tempo depois que acordo, você sabe disso.
- Às vezes há exceções.
- Só às vezes - ela piscou. - Você vai fazer alguma coisa hoje?
- Planejava ficar com você, por quê?
- Por nada. Achei que estaria ocupado com trabalho.
- Mais fácil você estar.
- Eu estaria, mas como você disse, às vezes há exceções - foi a vez dele piscar. - Algo em especial em mente?
- Pensei da gente ir à praia. Está bem quente lá fora.
- É uma opção - ela pegou a xícara de café.
- Seu nariz é torto - Rachel arregalou os olhos por alguns instantes com o comentário. - Ele é a coisa mais delicada do mundo, porém é torto.
- Nem tudo é perfeito. Ou simétrico.
- Eu amo você assim mesmo. Mesmo sendo assimétrica - ele beijou a perna dela, que estava mais perto. - E você me ama também.
- Você é bem convencido - ela colocou a xícara de volta na bandeja e foi escorregando lentamente até que ficasse deitada novamente.
- Um pouco.
- Eu gosto - Rachel fez um trejeito e Guilherme não conseguiu achar que ela ainda pudesse ser mais sexy.
- Rach... - a voz dele estava rouca.
- Hm? - ela murmurou, ficando por cima dele.
- O que você está fazendo? - ele apertou a cintura dela por baixo da blusa.
- Eu gosto quando me você me chama assim, você sabe disso.
- E eu gosto quando você faz assim - ele riu, com a boca colada na dela. - Eu não consigo pensar em mais nada.
- Essa é a intenção - ela também riu, mordendo a boca dele de leve.
- Eu não reclamo.
- Eu também gosto de fazer outras coisas - e ela o beijou.

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